As exportações brasileiras em 2024, até o mês de abril, superaram a marca de US$ 100 bilhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior e Serviços. Dessa forma, a marca é 5,72% maior do que o atingido no mesmo período do ano de 2023. As vendas para o exterior dinamizam a economia do país, gerando emprego e renda para milhares de pessoas.
As importações do Brasil também cresceram comparativamente ao mesmo período do ano anterior, mas em intensidade menor. As compras do exterior até abril estão em torno de US$ 81 bilhões. Em função disso, o país atingiu um significativo saldo no seu Balanço Comercial, US$27,73 bilhões de dólares no período considerado. Dessa forma, o resultado contribui para o equacionamento das contas externas do país como um todo.

Porto de Santos. Fonte: Autoridade Portuária do Porto de Santos.
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
As exportações brasileiras até o mês de abril atingiram o valor de US$108,849 bilhões de dólares. Com isso, fica evidente a importância do mercado internacional para o país. Desde 2020, as vendas do país para o exterior crescem de maneira significativa. Parte desse crescimento resulta da extraordinária expansão da agricultura brasileira.
No ano de 2020, as exportações brasileiras ficaram em torno de US$ 210 bilhões. Por sua vez, em 2023, atingiram US$ 344 bilhões, o que representa um crescimento de 63,46% em apenas três anos. Já neste ano, as vendas para o setor externo têm mantido a tendência de crescimento, o que evidencia uma maior importância do setor externo para os produtores brasileiros.
DESTINO DAS EXPORTAÇÕES
A China é o principal destino das exportações brasileiras em 2024. Até abril, as compras de produtos brasileiros pelo país asiático já ultrapassavam US$ 32 bilhões, representando 30,05% do total. Com o propósito de ampliar esse fluxo comercial, diversas iniciativas foram tomadas nos últimos anos. Logo a seguir aos chineses, apareciam Estados Unidos e Argentina.
A lista dos principais destinos das Exportações brasileiras (em bilhões de dólares) é apresentada a seguir:
– China (US$ 32,71)
– Estados Unidos (US$ 12,72)
– Argentina (US$ 3,90)
– Holanda (US$ 3,49)
– Singapura (US$ 3,02)
– Espanha (US$ 2,88)
– México (US$ 2,63)
– Chile (US$ 2,28)
– Índia (US$ 1,87)
– Alemanha (US$ 1,78)
Os dez maiores mercados consumidores das exportações brasileiras até abril absorveram 61,84% das vendas do Brasil para o setor externo. Apenas a China, respondeu por 30,05% disso. Por sua vez, os EUA ficaram com 11,69% de nossas exportações, o que demonstra a importância das duas potências mundiais para nossos produtores.
A PAUTA DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
As exportações brasileiras estão absolutamente concentradas em produtos primários. Com efeito, os cinco principais produtos da pauta de exportações do país (soja, petróleo, minério de ferro, açúcar e café em grão) representaram cerca de 45% das vendas para o exterior até abril.
A soja é o grande destaque das exportações do Brasil. Só para exemplificar, as exportações do país de todos os produtos do complexo soja até abril chegaram a US$ 19,88 bilhões. Por sua vez, isoladamente, a soja em grão teve vendas externas no mesmo período que atingiram US$ 16,12 bilhões, o que representaria 14,82% das vendas do país ao exterior. A saber, os principais compradores da soja em grão brasileira são China, Espanha, Tailândia, Turquia e México.
O segundo produtos da pauta de exportações brasileira até abril, óleos brutos de petróleo, alcançou volume exportado semelhante ao da soja em grão, US$ 15,82 bilhões. Esse desempenho é resultado do incremento recente da exploração de petróleo no Brasil. Por outro lado, ainda que seja grande exportador, o país continua importando outros tipos de óleos brutos e também refinados de petróleo. Atualmente, o maior comprador do petróleo brasileiro também é a China, e logo após aparecem Estados Unidos, Espanha, Chile e Holanda.
O minério de ferro e seus concentrados não aglomerados completa o pódio dos principais produtos exportados pelo Brasil até abril de 2024. Suas vendas ao exterior atingiram US$ 9,2 bilhões no período. Novamente, a China representa o principal comprados desse produto da pauta de exportações nacional. Logo a seguir, vieram as compras de Malásia, Barein, Omã e Holanda.
CONTROVÉRSIA A RESPEITO DAS EXPORTAÇÕES
A concentração da pauta de exportações brasileiras em produtos primários pode ter consequências ruins para a economia brasileira. Em primeiro lugar, o país perde a oportunidade de processar esses produtos internamente e gerar mais empregos e renda. Além disso, os preços das comodities podem estar sujeitos a flutuações desfavoráveis no mercado internacional. Mais ainda, outro ponto importante é que produtos de exploração mineral possuem jazidas finitas, e sua produção pode decair bastante com o tempo.
O fluxo de comércio exterior do Brasil tem apresentado saldo significativo. Ainda que, as exportações representem importante de divisas para a economia, manter saldos comerciais positivos pode ter um efeito em outro sentido. Isto pois os países que exportam mais que importam têm uma absorção interna menos do que a produção. Dessa forma, na verdade transferem parte da poupança interna para o exterior em significado macroeconômico. Sendo assim, o Brasil poderia se beneficiar mais se importasse máquinas e equipamentos, não produzidos internamente, que contribuíssem para o aumento do PIB e da riqueza das suas gerações futuras.
Pingback: MÉXICO ELEGE PRIMEIRA PRESIDENTE MULHER DO PAÍS - INTEGRAL NOTÍCIAS
Pingback: COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO PERDEU DINAMISMO EM MAIO - INTEGRAL NOTÍCIAS
Pingback: PAÍSES ASIÁTICOS DOMINAM A IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS BRASILEIROS - INTEGRAL NOTÍCIAS