O desemprego cresce no Brasil no 1º trimestre de 2024, com o número de desempregados atingindo um número 6,69% maior com relação ao trimestre anterior. No entanto, esse desempenho representa uma flutuação já aguardada por conta da sazonalidade do mercado de trabalho. Em geral, o desemprego aumenta no início do ano. Movimento semelhante ao número de desempregados, teve o nível de rendimento médio da população economicamente ativa brasileira.
O total de desocupados no país chegou a 8,6 milhões de pessoas do total da força de trabalho. Os números foram publicados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 17 de maio de 2024.
NÚMERO DE DESEMPREGADOS
O maior número de desempregados no Brasil encontra-se nas Regiões Sudeste e Nordeste. Em conjunto, as duas regiões possuem cerca de 3,72 e 2,78 milhões de pessoas desocupadas. Os nordestinos também lideram a taxa percentual de desemprego, que atinge 11,11% da população economicamente ativa. Logo em seguida, vem a Região Norte, com um índice de desemprego de 8,18%. Sudeste, Centro-Oeste e Sul, possuem taxas de 7,61%, 6,09% e 4,94% respectivamente.
São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Pernambuco são os estados com maior número de desempregados. Somente, no mercado de trabalho paulista existem 1,9 milhões de desempregados. Por sua vez, a Bahia é também a unidade da federação com maior índice de desemprego, que atinge 14,04% de sua população economicamente ativa. Pernambuco (12,41% de desemprego), Amapá (10,85%), Rio de Janeiro (10,32%) e Piauí (10,01%) completam a lista das cinco unidades da federação com pior desempenho.
Os menores índices de desemprego do mercado de trabalho brasileiro, por sua vez, são observados em Rondônia (3,66% de desempregados), Mato Grosso (3,75%), Santa Catarina (3,83%), Paraná (4,82%) e Mato Grosso do Sul (4,98%).
CRESCIMENTO DO NÚMERO DE DESEMPREGADO NO PRIMEIRO TRIMESTRE É SAZONAL
O crescimento do número de desempregados é um movimento comum no primeiro trimestre do ano. Desde 2012, quando o IBGE divulga os dados da PNAD, o desemprego cresce no Brasil no primeiro trimestre do ano. Em suma, esse número apenas não subiu em 2022. Antes desse resultado, o número de desocupados vinha diminuindo por três trimestres consecutivos.
O número de desocupados cresceu em todas as regiões do Brasil no primeiro trimestre de 2024. Na região Sul, a população economicamente desocupada cresceu em 10,09%. No Sudeste, o aumento foi de 10,09%.
O desemprego cresceu em praticamente todas as unidades da federação. O destaque negativo teria sido o Acre e Mato Grosso do Sul, onde o número de desempregados teria aumentado em 36,36% e 23,33% respectivamente. Nesse primeiro trimestre do ano, o número de desempregados só sofreu redução em 6 unidades da federação. O Amapá foi o destaque positivo, uma vez que viu a quantidade de pessoas desocupadas diminuir em 24,19%. Em seguida, completam essa lista Sergipe, Piauí, Mato Grosso, Ceará e Distrito Federal.
NÚMERO DE DESEMPREGADOS SE REDUZIU EM COMPARAÇÃO COM ANO ANTERIOR
O número de pessoas desempregadas, comparando os dados do primeiro trimestre de 2024 com o mesmo período em 2023, apresentou, por sua vez significativa redução. Em resumo, a queda no mercado de trabalho brasileiro foi de 8,58%.
Um movimento no mesmo sentido pode ser observado em quatro das cinco regiões brasileiras. Somente na Região Sul, o número de desempregados cresceu comparando o primeiro trimestre de 2024, com o mesmo período do ano anterior. Esse aumento, no entanto, foi de magnitude pequena, apenas 0,97%. Não obstante o crescimento absoluto do número de desocupados na Região Sul, o Índice de Desemprego da População Economicamente Ativa se reduziu e, 1,11%.
As outras regiões brasileiras presenciaram uma redução no número absoluto de desempregados no comparativo anual, assim como também se reduziu o índice de desemprego em todas elas. Em primeiro lugar, ficou a região Centro-Oeste, onde o número de desempregados no primeiro trimestre de 2024 diminuiu 11,13% comparado ao número do ano anterior. Logo atrás, veio a Região Sudeste, com queda no número de desocupados de 10,38%.
