O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira, 11 de junho de 2024, dois estudos que mostram o aumento da inflação no mês de maio de 2024 em relação ao mês anterior. Ao mesmo tempo, o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Coincidentemente, os dois índices chegaram ao mesmo resultado, mostraram uma inflação mensal de 0,46%.
O INPC procura medir o efeito da inflação sobre o poder de compra dos salários. Para isso, considera as variações de preços na cesta de consumo da população assalariada com baixo rendimento. Com isso, pretende obter informações referentes às famílias da metade inferior dos extratos da distribuição de renda. Além disso, o chefe de família deve ser assalariado e trabalhador urbano em uma das áreas urbanas com cobertura do Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC)
O IPCA é uma pesquisa mais ampla do que o INPC, uma vez que mede a inflação de uma cesta de produtos e serviços na faixa de renda que vai de1 a 40 salários-mínimos, independente da fonte de rendimentos. Com isso, a expectativa é conseguir uma cobertura referentes a 90% das famílias em áreas urbanas cobertas pelo SNIPC.

VARIAÇÃO NO ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDO (INPC)
O INPC de Maio foi de 0,46%. Ou seja, o índice ficou maior do que em abril (0,37%) e março, quando foi a 0,19%. No ano de 2024, o INPC chegou a 2,42%. Enquanto isso, nos últimos 12 meses, o índice chegou a 3,34%.
O INPC de Maio é maior também do que o índice verificado em Maio de 2023. Neste, o INPC foi de apenas 0,36%. Dessa forma, estaria evidente que o IBGE mostra um aumento da inflação no último mês.
As maiores variações no INPC do país como um todo para o mês de maio ocorreram nos segmentos de Saúde e cuidados pessoais; Alimentação e bebidas; e Habitação. Houve deflação no segmento Artigos de residência. A lista completa do INPC Brasil por segmentos aparece a seguir:
– Saúde e cuidados pessoais (0,77%)
– Alimentação e bebidas (0,64%)
– Habitação (0,62%)
– Vestuário (0,49%)
– Transportes (0,36%)
– Despesas pessoais (0,24%)
– Comunicação (0,18%)
– Educação (0,1%)
– Artigos de residência (-0,5%)
Dentre as localidades que fazem parte do SNIPC, a maior variação do INPC ocorreu em Porto Alegre. O índice da capita gaúcha para o mês de maio de 2024 ficou em 0,95%. Ou seja, a inflação medida na cidade pelo INPC foi mais que o dobro da média nacional. Além disso, a inflação para os porto-alegrenses teria ficado bem acima da segunda maior variação mensal observada no índice, São Luís com 0,65%; Em seguida, aparece Belo Horizonte com um INPC de 0,61%. As principais pressões inflacionárias em Porto Alegre vieram dos segmentos de Alimentação e bebidas (2,82%).
Os menores resultados para o INPC de maio, dentre as principais cidades brasileiras, aparecem em Goiânia, Belém e Rio Branco. Na capital goiana, o índice ficou próximo a 0%. A saber, em nenhuma das cidades avaliadas ocorreu deflação.
VARIAÇÃO NO IPCA MOSTRA AUMENTO DA INFLAÇÃO EM MAIO
A variação no IPCA de Maio coincidentemente foi a mesma que a observada no INPC, mostrou uma inflação de 0,46%. Em resumo, os dois índices mostram uma tendência ao aumento da inflação em maio no Brasil. Essa propensão já havia sido verificada no IPCA 15 de Maio.
O IPCA de Maio de 2024 é o dobro do índice no mesmo mês do ano anterior, 0,23% em maio de 2023. No acumulado do ano de 2024, o IPCA chegou a 2,27%. Além disso, considerando os últimos 12 meses, o índice está em 3,93%.
O comportamento do IPCA segundo os segmentos avaliados foi semelhante ao observado no INPC. As maiores pressões inflacionárias vieram dos segmentos de Saúde e cuidados pessoais; Habitação e Alimentação e Bebidas. Novamente, houve deflação no segmento de Artigos de residência.
Mais uma vez, as maiores pressões inflacionárias refletidas pelo IPCA apareceram em Porto Alegre. A tragédias das chuvas que atingiram a cidade e todo o estado do Rio Grande do Sul provocaram reflexos nos índices de preços locais. Na sequência da capital gaúcha, as maiores variações de preços do IPCA aparecem em São Luís e Belo Horizonte, ou seja, as mesmas cidades do INPC em ordem trocada.
As menores pressões inflacionárias medidas pelo IPCA de maio, dentre as principais cidades brasileiras, aparecem novamente em Goiânia, Belém e Rio Branco. Na capital Goiânia, o índice chegou a mostrar uma deflação de 0,06% no período em questão.
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