O impacto das chuvas que vêm causando enormes transtornos ao Rio Grande do Sul, desde o sinal do mês de abril, ainda deverá perdurar por alguns dias. Porto Alegre e algumas outras cidades continuam inundadas. O Aeroporto da capital está fechado por tempo indeterminado, assim como a Estação Rodoviária da cidade não está operando. O Porto de Porto Alegre teve suspensas suas operações, uma vez que o Lago Guaíba ultrapassou a cota de inundação
Milhares de pessoas continuam em abrigos. Isto porquê, muitas perderam tudo, inclusive suas casas, e não terão pra onde voltar. Além disso, as chuvas voltaram a cair em várias cidades, inclusive em grande volume, dificultando a redução do nível das águas em diversos locais. Enchentes e alagamentos também passaram a atingir o Sul do Estado. Nas cidades onde a água baixou, aparece um enorme rastro de destruição, lixo e animais mortos.
RELATO DA DEFESA CIVIL
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul continua atuando para socorrer e garantir a segurança da população. Com o propósito de manter informações claras sobre a situação no Estado. Os dados atualizados pelo órgão em 17 de maio mostram a dimensão da tragédia climática.
Municípios Afetados: 461
Pessoas em Abrigos: 78.165
Desalojados: 540.192
Afetados: 2.281.830
Feridos: 806
Óbitos Confirmados: 154
APOIO À POPULAÇÃO CONTINUA A VIR DE DIVERSOS LOCAIS
Os governos federal e estadual continuam empenhados em tentar auxiliar e criar medidas em benefício das populações atingidas pela chuva. Com esse intuito, alterações no Bolsa Família, FGTS e na Restituição do Imposto de Renda deverão beneficiar milhares de famílias gaúchas. Um Auxílio Reconstrução, no valor de R$5,1 mil reais, deverá beneficiar os que tiveram residências afetadas pelo impacto das chuvas.
Uma ampla corrente de solidariedade, envolvendo diversas entidades civis e pessoas do Brasil, assim como de outros países, continua a dar suporte aos atingidos pelo fenômeno climático. Como resultado, as doações e diversos auxílios proporcionam certo alívio para os atingidos pelas chuvas.
A Marinha do Brasil deslocou para a região o maior navio da frota brasileira para o Rio Grande do Sul. O Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico (A 140) está na cidade de Rio Grande. A embarcação levou toneladas de suprimentos e donativos, e deverá dar suporte a diversas ações de forma a enfrentar o impacto das chuvas naquela região.
CIDADES PROVISÓRIAS
O governo do Rio Grande do Sul planeja construir cidades provisórias, onde deverá alocar a população que ficou desabrigada. Muitas pessoas não poderão voltar para suas casas, que foram completamente destruídas.
As estruturas deverão ser construídas, em regime de urgência, em pelo menos quatro cidades gaúchas: Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba, em locais específicos. A princípio, deverão contar com espaços individuais para abrigo das famílias desalojadas, lavanderias coletivas, cozinhas comunitárias e outros espaços para convivência. Com isso, o governo espera transferir as pessoas que estão nos abrigos improvisados em escolas, faculdade e clubes. Dessa forma, essas também poderão voltar a funcionar.
AS ENCHENTES CHEGARAM AO SUL DO ESTADO
O impacto das chuvas no Rio Grande do Sul causa transtornos também no Sul do Estado, na saída da Lagoa dos Patos. As cidades de Pelotas e Rio Grande foram invadidas pelas águas. Dessa forma, os alagamentos também forçaram o deslocamento da população nessas cidades. Centenas de pessoas precisaram deixar as suas casas. Um forte vento vindo do quadrante Sul dificulta a saída das águas do Guaíba, impedindo que o nível das enchentes baixe mais rápido.
O Porto de Rio Grande segue operando normalmente, mesmo com o impacto das chuvas chegando ao sul do Estado. Não obstante, algumas medidas de segurança foram adotadas como a redução do calado. O Porto de Pelotas interrompeu as suas atividades.
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