O NÍVEL DO RIO GUAÍBA BAIXA NO RIO GRANDE DO SUL

            O nível do Rio Guaíba baixa gradativamente no Rio Grande do Sul. O mês de maio de 2024 dificilmente sairá da lembrança dos gaúchos e porto-alegrenses que viveram a maior tragédia climática do Estado. A mudança para o mês de junho veio com as notícias de que o nível das águas do Guaíba continua a baixar. Dessa forma as águas vão deixando a cidade.

            Porto Alegre, sua Região Metropolitana e todo o Rio Grande do Sul respiram aliviados com as notícias animadoras sobre a redução do nível do Guaíba e das enchentes. A dor e sofrimento provocado pelas águas ainda deverá persistir por algum tempo, mas para muitos volta a esperança. É hora de voltar para a casa, limpar, organizar, reconstruir as casas, as vidas, cidades e o estado.

Região Metropolitana de Porto Alegre. Foto: Maurício Tonetto / Secom - GovRS
O nível do Rio Guaíba ultrapassou a cota de inundação.

SITUAÇÃO ATUAL

            A situação ainda está longe da normalidade, mas os relatores são animadores para muitos. O início do mês de junho trouxe relatos de que o nível do Guaíba persiste a tendência de baixa. Dessa forma, o patamar do rio já se encontra abaixo da cota de inundação da cidade. As réguas instaladas no Cais Mauá em Porto Alegre mostram um nível das águas abaixo de 3,00 metros, bem abaixo da cota de inundação que é de 3,60 metros.

            A expectativa é a de que a tendência de baixa persista no início do novo mês. Para isso contribuem diversos fatores meteorológicos e hidrológicos. A expectativa de chuvas caiu em toda a região. Enquanto isso, a vazão dos rios que desaguam no Guaíba já está bem menor.

            A expectativa é de declínio das cheias nos próximos dias. Dessa forma, a população e os serviços de limpeza terão muito trabalho para que as cidades gaúchas atingidas pela tragédia climática local.

 

DIMENSÃO DOS ESTRAGOS

            O último boletim da Defesa Civil Estadual indica a dimensão dos estragos provocados pelas chuvas e pelas cheias no Rio Grande do Sul:

            – Municípios Afetados: 473.

            – Pessoas em Abrigos: 39.595.

            – Desalojados: 580.111.

            – Afetados: 2.347.664.

            – Feridos: 806.

            – Desaparecidos: 44.

            – Óbitos Confirmados: 169.

 

A VIDA APÓS O FIM DAS CHEIAS

            Para muitas pessoas, o fim das cheias, e o retorno ou tentativa de retorno para suas casas deverás ser extremamente traumático. Os estragos provocados pela maior tragédia da história do Rio Grande do Sul foram catastróficos. Muitos perderam todos os bens materiais, inclusive suas próprias casas. Alguns não terão para onde voltar a princípio. Em função de todos os acontecimentos, muitas pessoas estão fortemente abaladas e traumatizadas.

            As enchentes deixaram um rastro de destruição, incluindo uma enorme quantidade de veículos que ficaram encobertos pelas águas. Por causa disso, os prejuízos financeiros foram enormes. As seguradoras brasileiras deverão fazer significativos desembolsos para pagar sinistros de veículos que tinham cobertura para inundações.

            As autoridades locais e do governo federal começam a discutir medidas de reconstrução dos municípios fortemente afetados pelas enchentes. Investimentos substanciais serão necessários em habitação e infraestrutura. Algumas das cidades duramente atingidas precisaram passar mudanças no Plano Diretor, de forma a evitar que no futuro a tragédia vivenciada possa se repetir de maneira tão intensa e ampla. Com as revisões, algumas áreas antes ocupadas passarão a não mais serem consideradas seguras.

            Uma das principais preocupações é com a perda de receita do Estado e de municípios gaúchos, uma vez que a economia local das regiões mais atingidas foi duramente atingida. A expectativa é de que a União Federal forneça compensações para que os agentes públicos gaúchos possam manter serviços básicos mínimos.

            O Governo Federal precisa implementar efetivamente as medidas de apoio anunciadas e planejadas. Há a necessidade de medidas de suporte para diferentes agentes gaúchos: Estado, municípios, população local, empresa. Em resumo, o s estragos e prejuízos definitivamente foram enormes, e ainda reverberarão na memória dos gaúchos por um longo tempo. O nível do Rio Guaíba baixar é apenas um dos primeiros passos para a volta à normalidade.

 

 

 

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