PAÍSES ASIÁTICOS DOMINAM A IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS BRASILEIROS

A Isso            A Ásia vem se tornando cada vez mais importantes para o comércio exterior brasileiro. Os países asiáticos dominam a importação de produtos brasileiros. Dentre os 20 principais destinos das mercadorias brasileiras no exterior, no ano de 2024, exatamente metade ou 10 deles estão localizados no continente asiático.

            O maior importador de produtos brasileiros é a China, segundo dados disponíveis na plataforma Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No entanto, ao longo dos anos, verifica-se um crescimento significativo das exportações para outros países do continente. Singapura, país com apenas 5,63 milhões de habitantes, é o sexto principal destino das exportações brasileiras.

            As exportações brasileiras para a Ásia ganharam impulso a partir de meados de 2009. A partir daquele período, as vendas brasileiras para as principais economias asiáticas se tornaram crescentes. Por sua vez, o único dos principais destinos para os produtos brasileiros na Ásia que apresentou comportamento distinto foi o Japão.

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS EM 2024
Porto de Santos. Principal entreposto comercial do país. Fonte: Autoridade Portuária de Santos.

EXPORTAÇÕES PARA ÁSIA

            As exportações do Brasil até maio de 2024 chegaram a US$138,8 bilhões. A saber, os vinte maiores compradores de produtos brasileiros nesse período representaram 75,74% das exportações brasileiras. Desses países, nada menos que dez seriam nações asiáticas, outros seis estariam na América e quatro seriam países europeus.

            A lista dos principais destinos das exportações brasileiras até maio de 2024, com o respectivo valor destas, é apresentada a seguir:

            – China (US$ 42,37 bilhões)

            – Estados Unidos (US$ 16,01 bilhões)

            – Argentina (US$ 5,00 bilhões)

            – Holanda (US$ 4,45 bilhões)

            – Espanha (US$ 4,38 bilhões)

            -Singapura (US$ 3,53 bilhões)

            – México (US$ 3,34 bilhões)

            – Chile (US$ 2,79 bilhões)

            – Canadá (US$ 2,24 bilhões)

            – Alemanha (US$ 2,20 bilhões)

            – Emirados Árabes Unidos (US$ 2,154 bilhões)

            – Japão (US$ 2,151 bilhões)

            – Índia (US$ 2,13 bilhões)

            – Coréia do Sul (US$ 2,09 bilhões)

            – Itália (US$ 1,96 bilhões)

            – Malásia (US$ 1,83 bilhões)

            – Indonésia (US$ 1,75 bilhões)

            – Turquia (US$ 1,74 bilhões)

            – Vietnã (US$ 1,54 bilhões)

            – Paraguai (US$ 1,41 bilhões)

 

            As exportações brasileiras para os vinte principais destinos de nossas mercadorias alcançaram até maio de 2024 o valor de US$105,139 bilhões. A saber, dentre esses países, dez estão localizados no continente asiático, sendo que para eles foram vendidos US$ 61,32 bilhões em produtos brasileiros.

            A China é o principal destinos das exportações brasileiras no ano de 2024. Isoladamente, a economia chinesa comprou do Brasil US$42,369 bilhões. Com isso, 30,52% das vendas brasileiras para o exterior tiveram como destino aquele país asiático. Além disso, o grupo formado por outros nove países asiáticos mais representativos como destinos para o comércio exterior brasileiro importaram do Brasil um total de US$ 18,952 bilhões, ou seja, 13,65% das exportações brasileiras.

 

CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES PARA A ÁSIA

            A tendência das exportações brasileiras para a Ásia é de crescimento. Há uma nítida tendência do aumento da importação de produtos brasileiros para os principais países da região desde meados de 2009. A saber, a única exceção para essa tendência seria as exportações para o Japão.

            As exportações do Brasil para a economia japonesa atingiram um auge em 2011, quando chegaram a US$ 9,471 bilhões. Desde então, sofreram inclusive uma queda, e limitaram-se a US$6,62 bilhões em 2023. Em resumo, a principal justificativa para a queda das exportações brasileiras para o Japão seria a redução das exportações de minério de ferro para aquele país.

            No ano 2000, o Japão era o principal destino das exportações brasileiras na Ásia. De lá pra cá, houve um crescimento extraordinário das exportações para a China, que ultrapassou as exportações para a economia japonesa. As vendas do Brasil para esta, no entanto, ainda cresceram até por volta de 2011. Desde então, é que apresentaram tendência ao declínio.

            Além do extraordinário crescimento das exportações brasileiras para a China, também se verifica um aumento das vendas externas brasileiras para outras importes economias asiáticas. O perfil das exportações brasileiras para os países asiáticos em geral é o mesmo. Em resumo, as comodities agrícolas e minerais dominam a pauta de exportações brasileira para a Ásia.

A PAUTA DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

            Os principais produtos responsáveis pelo crescimento das exportações brasileiras para a Ásia são a soja e o petróleo. No caso das exportações de minério de ferro, pode-se pensar que elas foram deslocadas do Japão para outros países asiáticos. Em suma, essa mudança faz parte da própria reorganização da indústria siderúrgica naquele continente.

            Em particular para 2024 ganha especial destaque as exportações brasileiras de petróleo. Isso faz com que dentre os dez países considerados, o produto é o principal ou segundo colocada na pauta de exportações para quatro países asiáticos. Por sua vez, a soja é o primeiro ou segundo produto da pauta de exportações brasileiras para três dos países asiáticos considerados anteriormente.

            Ainda que a importação de produtos brasileiros pela Ásia esteja centrada em produtos primários, a maior diversificação entre os destinos no continente possui um lado positivo. Dessa forma, as exportações brasileiras ficam menos dependentes dos ânimos da economia chinesa, e o Brasil pode aproveitar melhores oportunidades em outros nichos. A diversificação dos clientes no exterior pode contribuir para o dinamismo do comércio exterior brasileiro.

 

 

 

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